Caso de adolescente morto por PM na Garibaldi será apurado com rigor, diz Jerônimo
Governador afirmou que 'exageros' cometidos por agentes de segurança serão punidos
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta quarta-feira (4) ter determinado rigor na apuração da morte de Gabriel Santos Costa, baleado por um policial militar na madrugada de domingo (1º), na avenida Garibaldi, em Salvador. O adolescente e outro jovem de 19 anos foram alvejados quando já estavam rendidos. A outra vítima sobreviveu e está hospitalizada.
Antes de um evento para o lançamento da Operação verão, Jerônimo disse que “exageros” cometidos por agentes de segurança serão punidos.
“Cada ato desse comove bastante a gente, a tropa e a população baiana. Primeiro, meus sentimentos aos familiares daqueles que perdem a vida ou que, por ventura, ficam, digamos assim, machucados espiritualmente. A outra decisão tomada é sempre chamar o secretário de Segurança Pública [Marcelo Werner] e pedir que apure. Quando o caso é na Polícia Civil, à delegada-geral. Quando é na Polícia Militar, ao comandante geral, assim como o DP. Então a apuração de imediato e punição para aqueles que de repente tiveram infringido a lei. A gente não abre mão”, afirmou o governador.
A declaração foi dada à reportagem da TV Bahia.
Após se apresentar no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), o soldado Marlon da Silva Oliveira alegou ter atirado em Gabriel e no outro rapaz em legítima defesa diante de uma suposta tentativa de assalto. Como não houve flagrante, ele foi liberado. Familiares de Gabriel classificam o episódio como “execução”.
A Polícia Civil aguarda julgamento de um segundo pedido de prisão preventiva —o primeiro não foi atendido porque o plantão Judiciário não o considerou urgente.
Na entrevista à TV Bahia, Jerônimo Rodrigues também foi questionado sobre o caso de um mototaxista por aplicativo morto por policiais quando voltava do trabalho para casa. Os agentes envolvidos alegaram que o homem teria participado de roubos e trocado tiros com a polícia. A família da vítima também contesta a versão.
“Cada caso que acontece desse, eu recebo praticamente no automático. O secretário Marcelo apura, me informa do fato, e eu peço que imediato possa botar a Corregedoria, fazer uma escuta na ouvidoria, o que houver de informação, para não ser injusto com qualquer um, mas que também possa fazer a apuração. Então, em todos os casos nós não abrimos mão do rigor”, afirmou o governador.
COMENTÁRIOS