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O Banco Central anunciou que a meta de inflação de 2024 será descumprida. A expectativa é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ultrapasse o teto da meta, fixado em 4,5%. Até novembro, a inflação acumulada foi de 4,29%, e a previsão para dezembro é de 0,58%, elevando o índice final para acima do limite. A probabilidade de descumprimento aumentou, passando de 36% para quase 100%, conforme indicado no relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (19).

Este será o terceiro ano consecutivo em que a meta não será cumprida, com exceção de 2023. Entre os fatores que pressionaram os preços estão os efeitos climáticos, como a seca, que afetou alimentos e energia, além da alta do dólar, que encareceu importações e impactou produtos básicos. Também contribuiu para a inflação o aumento da atividade econômica, especialmente no setor de serviços, que tem gerado pressões nos preços.

O descumprimento da meta exigirá que o Banco Central envie uma carta ao ministro da Fazenda, explicando as causas e as medidas para corrigir a inflação. A partir de 2025, o sistema de metas será alterado para um modelo contínuo, onde a inflação será monitorada ao longo do tempo, e não mais exclusivamente no final do ano. A nova metodologia poderá considerar o descumprimento apenas após seis meses consecutivos fora do intervalo da meta.

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