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Mata de São João,14/03/2025

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Com expectativa de melhora no fluxo e queda de acidentes, primeiras motofaixas dividem opiniões

A novidade estreou nesta segunda-feira (10), entre as faixas 1 e 2 da Avenida Mário Leal Ferreira, a Bonocô

Fonte: Metro 1
Com expectativa de melhora no fluxo e queda de acidentes, primeiras motofaixas dividem opiniões Foto: Reprodução / Metro 1 / Secom/Jefferson Peixoto
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Simples tracejados em tintas azul e branca sobre a via da Avenida Mário Leal Ferreira - ou Bonocô para a maioria dos soteropolitanos - colocaram Salvador entre as três capitais com faixas exclusivas para motos no trânsito e prometem reduzir a quantidade de acidentes envolvendo motociclistas. 

A novidade estreou nesta segunda-feira (10), entre as faixas 1 e 2. A ideia? Organizar o fluxo das motos e reduzir os índices de acidentes. O que, convenhamos, era urgente. Só nos primeiros dois meses de 2025, a Superintendência de Trânsito (Transalvador) registrou 464 acidentes com motociclistas, 11 fatais. Em todo o ano passado, foram mais de 3 mil ocorrências e 84 mortes. Números que deixam claro que algo precisava ser feito. 

A inspiração vem de São Paulo e Rio de Janeiro, onde as faixas ajudaram a reduzir acidentes fatais. A expectativa do prefeito Bruno Reis é que o mesmo aconteça em Salvador, afinal, os números paulistanos são claros: entre 2023 e 2024, as mortes de motociclistas em vias com motofaixas reduziram quase pela metade, segundo o Infosiga.

Mão-dupla

Como em uma via de mão dupla, há aqueles que são a favor da implementação e outros que são contra, reclamam da perda de espaço para os carros ou acham que vai virar um caos. Teve até ouvinte da Rádio Metropole que soltou ao vivo: "Só vai bagunçar tudo", isso porque as motos não são obrigadas a permanecerem ali e os veículos podem precisar cortar a faixa para pegar algum acesso ao lado. Nada que se compare ao zigue-zague de motocicletas entre os carros no dia a dia das avenidas soteopolitanas.

Adailson Couto, presidente da Associação dos Motociclistas Profissionais da Bahia (ASMOP-BA) e mototaxista há mais de 30 anos, vê a iniciativa com bons olhos, mas não sem ressalvas. Para ele, toda ação para salvar vidas é válida, mas sente falta de campanhas educativas. Segundo ele, o grande problema não é a falta de espaço, mas a falta de consciência. Motos cortando faixas de qualquer jeito, condutores desavisados e ausência de sinalização adequada podem fazer da solução um problema.

Test-drive

Por enquanto, a Bonocô é apenas um teste. Dando certo, a prefeitura promete ampliar o projeto para vias como as avenidas Juracy Magalhães e a Antônio Carlos Magalhães (ACM), onde, segundo o presidente da ASMOP, os índices de acidentes ainda são piores. Mas enquanto isso não acontece, fica o desafio: as motofaixas podem salvar vidas, mas só se forem acompanhadas de conscientização, fiscalização e, claro, uma mudança de comportamento. Porque faixa pintada no asfalto, sozinha, não faz milagre.

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